Furry, eu?

Brenda e as Brendettes (as duas), personagens criados por mim.Uma coisa que intriga boa parte das pessoas é o visual um tanto “diferente” dos personagens que eu faço. Os personagens lembram um monte de coisas… Uma salada russa, quem sabe, em homenagem as minhas origens maternas?…

Algo como Tiny Toon misturado com Witch (aquela série da Disney que não se sabe pra que veio ao mundo) e Looney Tunes, mas seus olhos lembram, de longe, os dos animes – sem ter, no entanto, a variação de tamanho que existe nesse estilo. As mãos, com quatro dedos, são grandes, com dedos um tanto largos, e isso é igual para ambos os sexos.
Madeinusa (a modelo do Vergalhão Persa) e KangSeu “nariz” (olha o vocabulário aí, geeente) não tem narinas aparentes e tem o mesmo tamanho dos olhos. Suas patas são grandes e compridas (eu diria que atrás são pés e na frente são patas). E o detalhe que talvez mais incomode as pessoas seja a quase ausência das “maçãs do rosto”. Ou sei lá, talvez a ausência total de garras, que eles literalmente não têm e nem sabem o que é isso (não é como a boca de Hello Kitty, que existe mas ‘se esconde’ quando não é usada).
Barine e Anselmo (esses não dá pra confundir mesmo, Barine é a mais phruphru da turma)Ou então o fato de as mulheres nunca serem exatamente angelicais e delicadas, daquelas “se-sai-na-chuva-derrete” [texto originalmente escrito em 2005, depois lançariam o Clube das Winx] – mas peraí, também não são nenhumas “mulheres de Robert Crumb”! Na verdade, o que acontece é que eu sei a diferença fundamental entre o corpo do homem e da mulher – um mega-spoiler, que se eu explicar melhor aqui, os travestis me matam. E, curiosamente, foi uma das primeiras coisas que eu aprendi lá atrás, desenhando sozinho, quando esses personagens ainda não existiam.

(Em 2005, quando este texto foi escrito originalmente, os serviços de blog não hospedavam imagens, por isso tamanha descrição textual dos personagens. Agora, em 2009, a situação é muito diferente, ainda mais na WordPress, e em consideração à vocês, tuxei este post de imagens, algumas delas inéditas no meu site.)

E pra piorar… Considero esses personagens como furries (mesmo porquê eles não são seres humanos, ora bolas). Algo como se os Looney Tunes levassem uma vida parecida com a dos Simpsons, em um mundo onde não há seres humanos nem animais reais (é um quase GTA).
Na verdade, tudo isso é o projeto da minha vida: fazer a série de desenho animado dos meus sonhos. Que ainda não existe. Já vi muito desenho nesta vida, alguns sensacionais, mas nenhum deles até hoje me fez babar do começo ao fim, nunca nenhum deles deixou de “pisar na bola comigo” em algum momento. Nem mesmo os Looney Tunes!

Mas algum dia, hei de chegar lá, e quando acontecer… bem, Sérgio Mallandro passará a ter o segundo programa de TV mais tosko do Brasil. (Eu não sou ninguém, rapeize…)

Ralfe apresenta o "Atlas do Corpo Não-Humano"!A grande polêmica é que, sei lá, furry seria um pessoal que tem garras, coxins (aquelas “rodinhas” nas palmas das extremidades), anda sobre jarretes (Fera, da dupla A Bela & a Fera), e se parece muito com animais reais – se bobear, você sente o bapho deles ao ver os desenhos (alô Feros, um abraço! Tô te devendo uns E-mails aí).
O que não é exatamente o caso de Rosalyn Rockwell e seus amigos dela, que lembram vagamente algumas – e poucas – espécies de animais, mas não passa disso, com alguma preferência para os que são vilões dos desenhos animados que tem por aí, pra justamente se diferenciar destes (raposas, gambás, doninhas – como o Ralfe, aí em cima – etc. A própria Rosalyn seria, em tese, uma gata, espécie extremalmente malquista na animação ocidental – será que é por isso que Aristogatas foi o primeiro desenho feito depois do falecimento de Walt Disney?…).

O caso é que, em terra de Mônica, a galera simplesmente não curte muito criar personagens como esses! A resistência talvez seja um pouco menor entre os fãs de animes, que tem alguns personagens ligeiramente ‘mutantes’, com orelhas a mais, e caudas – que os meus personagens não têm – um belo exemplo é a bela personagem que “apresenta” esta loja on-line.

Mas tudo bem, tem gosto pra tudo nessa vida… Segundo Amaury Jr., não me recordo em que país da Europa, há uma boate na qual as pessoas pagam para ser ofendidas e agredidas, um “serviço” pelo qual eu nunca tive de pagar durante toda a minha vida, nos dois colégios onde estudei, sempre foi de grátis…..
Será que tem gosto para os meus personagens? Um dia eu ainda vou saber.  Ou quem sabe agora, se você comentar este post! Vamos lá, você já viu coisas muito piores na sua vida…

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